Sal na medida certa

Engana-se quem pensa que sal se resume a um pó fino e branco encontrado nos saleiros tradicionais ou a grãos grossos usados em churrasco. Usado há milênios como conservante, há mais de 300 tipos conhecidos do tempero.


Embora seja um dos condimentos mais tradicionais na culinária, o consumo excessivo de sal pode acarretar hipertensão e sobrecarregar os rins, que trabalham para eliminar a substância. Segundo a Análise do Consumo Alimentar Pessoal no Brasil, pesquisa divulgada em julho pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o brasileiro consome cerca de 12 gramas de sal por dia, o dobro do ideal.

Deixar de consumir sal, porém, não é uma boa ideia. O sódio, lembra a professora do curso de Nutrição da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) Gisele Ponta­roli Raymundo, é importante para o equilíbrio hídrico do organismo. “Não é possível excluir o sal e o sódio da alimentação, pois eles são componentes naturais das frutas e vegetais, além de serem usados como conservantes dos produtos industrializados”, diz a nutricionista do Hospital Vitória Luciana Carvalho. “O importante é controlar a quantidade usada diariamente”, ensina Luciana.

Mesmo o sal light, com baixo teor de sódio, deve ser consumido sem exageros, principalmente por pessoas com problemas nos rins. “Ele parece uma solução para pessoas doentes, mas quem tem disfunção na filtragem renal não pode usá-lo, pois ele contém cloreto de potássio, que pode se acumular no sangue e provocar graus variados de arritmia cardíaca”, explica o nefrologista e professor de medicina da PUCPR e da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Maurício de Carvalho.

Fonte: Gazeta do Povo