À primeira vista eles podem parecer simples e até mesmo rabiscos infantis. Mas os mapas mentais são uma poderosa ferramenta para organizar assuntos, fixar ideias para serem lembradas posteriormente e, por sua característica visual – utiliza uma grande variedade de cores, signos, símbolos e figuras –, promovem a criatividade. São chamados de mapas, pois, por meio deles, tudo o que foi anotado pode ser encontrado facilmente e mentais porque trabalham os dois hemisférios do cérebro – temos aí a justificativa para tantos estudos que estão sendo realizados para provar a real eficácia do método.
Segundo a instrutora em Mind Mapping Liz Kimura, especializada pelo Instituto Buzan, o criador dos mapas mentais é o pesquisador inglês Tony Buzan, que procurou entender o que os gênios tinham de diferente dos humanos comuns e o que era semelhante entre eles. Percebeu que Einstein, Leonardo da Vinci, Churchill, entre outros, utilizavam os dois lados do cérebro: o esquerdo, que é o lado racional, lógico, linear e cronológico, e o direito: emocional e que enxerga cores, percebe ritmo e musicalidade. Então, estudou uma técnica para estimular os dois lados e foi quando nasceram os mapas mentais.
A estrutura dos mapas geralmente é a seguinte: possui o desenho do tema central de um assunto no centro da página (seja ela uma folha de papel ou janela do software de computador) e assuntos relacionados ao tema em títulos, subtítulos, fazendo um elo entre eles. É semelhante às ligações de uma árvore genealógica, em que os ramos ficam cada vez mais subdivididos e se encontram num eixo central. Os mapas são mais visuais do que fáceis de explicar em palavras, por isso, segue um modelo deles abaixo.
“Os mapas mentais são utilizados há muito tempo, em vários formatos e com diversos nomes. O que ocorre atualmente é o estudo à luz da psicologia cognitiva e a utilização das ferramentas digitais para sua elaboração. Eles podem ser designados como ‘organizadores gráficos’ e, além de realizados via computador, também podem ser feito com lápis e papel”, adiciona Marcos Telles, sócio da Mentat – empresa de tecnologia aplicada à educação e ensino à distância.
Entendida a estrutura visual dos mapas, é mais importante saber o porquê de dispor os elementos desta forma em uma página e não da forma convencional como fazemos diariamente. Ainda de acordo com a especialista Liz Kimura, os mapas são a expressão do pensamento irradiante, traduzida em uma técnica gráfica. Atende aos recursos de multisensorialidade e da associação e trabalha os sentidos da visão, audição e tato - o que facilita o entendimento, melhora a memória e, consequentemente, otimiza aspectos da vida social, pessoal e profissional.
Já deve ter acontecido de você tentar por diversas vezes falar ao telefone com alguém. Tanto que, quando você finalmente consegue, esquece para quem estava ligando. Quando você dispõe as informações sobre o telefonema no mapa, basta bater os olhos que se lembra instantaneamente. É como um treino. Utilizando o mapa para tudo, você absorve melhor as informações”, ressalta Kimura, que leva consigo, todos os dias, dentro da bolsa, um estojo com canetas coloridas e papel (para desenhar seus mapas manualmente).
Aplicações
Numa reunião de trabalho, na definição de um escopo de ação dentro da sua área profissional, na elaboração de um evento familiar e/ou pessoal e até mesmo em ações simples, como a do telefone, citada acima. O mapa é uma solução aparentemente fácil, com fundamentos complexos por detrás que, se praticado constantemente, gera ótimos resultados.
“Os mapas mentais estendem a nossa capacidade física, a nossa inteligência, permitindo que enriqueçamos e organizemos melhor tudo o que há nesse imenso e rico universo. Assim, aprendemos, memorizamos, avaliamos e decidimos melhor”, avalia Viviane Lauren, Master Pratictioner em PNL pelo Instituto Nacional de Excelência Humana (Inexh).
Viviane vai além quando o assunto é falar nos benefícios promovidos pela ferramenta. Para ela, a utilização do mapa promove desde mudanças pequenas e pontuais, como amplas, a começar: reduz o volume físico de papel de estudo e reduz também o tempo de planejamento e revisão de tarefas; promove a facilidade de reestruturar qualquer coisa que seja necessária; melhora o conteúdo linguístico do usuário e a facilidade de encadear ideias; aumenta a produtividade e competência do profissional; desenvolve a objetividade, as habilidades de síntese e análise e o pensamento sistêmico, além de estimular o brainstorm, que é o livre fluxo de ideias e faz parte da cultura dos mapas, a tomada de decisões precisas e estáveis e facilitar a comunicação em grupos, representada pela comunicação entre as ideias concatenadas.
O também Master Practitioner/ Trainer em Programação Neurolinguística pela Sociedade Brasileira de PNL, Virgílio Vasconcelos Vilela destaca:
“É necessário quebrar alguns paradigmas, porque é muito comum ainda hoje, o conhecimento ser apresentado em formato descritivo e discursivo.
Alguém fica falando durante horas sobre algo e, depois, quer que assimilemos os novos conceitos no mesmo ritmo da fala. Já a estrutura semântica visual é uma das chaves para lidar com a complexidade e quantidade de informação e conhecimento. Onde houver excesso e sobrecarga, fragmentação e confusão, os mapas podem ajudar com natural inclinação para a estruturação das ideias”.
Mais informações, assim como os downloads gratuitos de softwares para fazer o mapa mental, podem ser obtidas nos sites:
http://www.inexh.com.br
http://www.lizkimura.com.br/
http://www.mapasmentais.com.br/r
Carreira e Sucesso - 375ª Edição
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